segunda-feira, 21 de março de 2011

Dragão derruba o último invicto

No duelos entre os xarás, América de Teófilo Otoni bate o da capital e se consolida na briga pela vaga


Sete Lagoas – O pequeno público ontem na Arena do Jacaré não imaginava noite tão infeliz do América, até então o único invicto do Campeonato Mineiro, que, em sua pior atuação na temporada, acabou derrotado por 3 a 1 pelo xará de Teófilo Otoni, com uma aula de futebol dos visitantes. O Coelho perdeu ainda a chance de reassumir a ponta e corre o risco de ver escapar o segundo lugar, se o Atlético vencer amanhã o Villa Nova, também em Sete Lagoas. Já o Dragão, em seu segundo ano na elite, tirou provisoriamente a quarta posição do Leão.

Ao contrário dos últimos jogos, o América saiu em desvantagem, mas não conseguiu virar. Já havia mudado resultados adversos contra Ipatinga (4 a 1), Atlético (2 a 1) e Guarani (4 a 2). Era uma vez uma invencibilidade de mais de quatro meses – o último revés fora em 9 de novembro, para o Bahia (1 a 0), pela Série B do Brasileiro.

O Coelho tentará se reabilitar no clássico com o Cruzeiro, dia 27, em Varginha, mas não terá Micão, expulso infantilmente ontem. Pelo menos, o técnico Mauro Fernandes terá a volta do também zagueiro Gabriel Santos e do volante Leandro Ferreira. De positivo na noite ruim de ontem, restou mais um gol de Fábio Júnior, artilheiro do Estadual, agora com 11.

Espetáculo à parte, a diminuta torcida do Dragão esbanjou animação a cada jogada de velocidade da equipe. Confiante na classificação inédita às semifinais, a maioria viajou cerca de sete horas. “Se a partida fosse em nossa cidade, certamente o estádio estaria cheio. Todos são muito apaixonados por futebol”, disse o motorista Fábio Solporo, de 37 anos, presente a todos os jogos da equipe no Estadual.

Habituados à boa fase, os torcedores do Coelho perderam a paciência logo no início. À beira do gramado, Mauro Fernandes gritava e tentava corrigir o posicionamento, mas os jogadores não conseguiram atendê-lo. Do outro lado, Gilmar Estevam, com a mesma tranquilidade dos tempos de jogador, era atendido plenamente por seus comandados.

Drama
Se o América tivesse aproveitado a metade das chances que criou, o placar poderia ser outro. Mas desperdiçou pelo menos cinco, viu o adversário perder a timidez e partir ao ataque até com os zagueiros. Um dos melhores em campo, Jádson, autor do solitário gol da etapa inicial, após confusão na área, vive momento difícil. A mãe está internada em estado grave no Rio, com aneurisma cerebral. Ainda assim, ele foi um guerreiro em campo. “É um drama em minha vida. Esse gol foi para ela, que, mesmo doente, está torcendo por mim”, disse, quase às lágrimas.

No segundo tempo, mais organizado com a entrada de Netinho, o anfitrião empatou com Fábio Júnior, completando passe da direita de Thiago Silvy. A alegria, porém, só durou cinco minutos. Jônatas Obina aproveitou falha de Micão e fulminou Flávio. Em seguida, de pênalti, cometido pelo desastrado zagueiro, sacramentou o importante triunfo alvirrubro.

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