sábado, 30 de abril de 2011

Atlético vence América de virada e amplia vantagem nas semifinais do Mineiro

Coelho leva 3 a 1 no primeiro duelo e terá missão difícil para chegar à final


No domingo de Páscoa, quem fez a festa na Arena do Jacaré foi o Galo. O Atlético bateu o América por 3 a 1, de virada, neste domingo, e ficou mais perto da decisão do Campeonato Mineiro. O time alvinegro deu o troco no Coelho, depois da derrota na fase de classificação. Gabriel abriu o placar para os americanos, mas Patric empatou ainda no primeiro tempo. Na etapa final, Neto Berola e Serginho garantiram o triunfo dos atleticanos.

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O Atlético só precisa de um simples empate no segundo duelo das semifinais, sábado que vem, dia 30, novamente na Arena do Jacaré. O time alvinegro pode se classificar para a decisão com derrota, desde que seja por até dois gols de diferença. O América, que fez campanha pior na primeira fase, terá a difícil tarefa de ganhar por três gols de vantagem para chegar à final.

O vencedor do confronto entre Galo e Coelho enfrentará na decisão o ganhador de Cruzeiro x América-TO. O time celeste aplicou sonora goleada de 8 a 1 sobre o adversário, fora de casa, e está praticamente classificado, já que poderá perder por diferença de até sete gols.

Além de deixar o Galo mais perto da final, na busca pelo bicampeonato estadual, a vitória sobre o América representou o fim de um tabu de quatro anos. Desde 2007, o Atlético não levava a melhor sobre o Coelho. Na ocasião ganhou por 2 a 0, pelo Mineiro. Depois, foram quatro empates e dois triunfos dos americanos. Derrotado na fase de classificação, por 2 a 1, de virada, em fevereiro, o time alvinegro deu o troco e dificultou ainda mais para o rival.

O jogo

O tempo colaborou, foi uma tarde bonita em Sete Lagoas, com sol forte e poucas nuvens. Mas faltou a presença de um público melhor na Arena do Jacaré, no domingo de Páscoa. Nem parecia jogo de semifinal de Campeonato Mineiro, diante de um número tão discreto de torcedores no estádio. Dentro de campo, porém, o clássico manteve a tradição de muita disputa e foi marcado pela movimentação e intensa luta das duas equipes.

O América começou melhor. Mais entrosado e com um meio-campo forte, apostando na movimentação pelas laterais, o Coelho travou o Galo e até criou chances no início. Como aos 5min, quando Irênio tabelou com Fábio Júnior e chutou por sobre o gol de Renan Ribeiro. Em seguida, aos 8, Gabriel cabeceou na trave alvinegra, depois de cobrança de escanteio.

Com muitos garotos em campo, o Galo tentava aproveitar a velocidade da juventude para dar mais agilidade ao time. Mas não conseguia trocar passes e, para piorar, tinha um ataque inoperante. Ricardo Bueno, em tarde muito infeliz, não dava sequência às jogadas e era presa fácil para os defensores. Mancini tentava conduzir a equipe, só que também não estava inspirado. O Atlético chegou pela primeira vez aos 12min, com Renan Oliveira, que chutou e Flávio pegou. No rebote, Bueno não aproveitou.

Com mais volume de jogo no meio-campo, o América dava sinais de que sairia em vantagem. Enquanto isso, o Galo tentava se encontrar em campo e até começou a aparecer mais na frente. Só que o Coelho aproveitou bem um dos pontos fortes da equipe, a jogada aérea, para sair na frente. Aos 22min, depois de escanteio da direita, Gabriel testou para as redes de Renan Ribeiro: 1 a 0.


Foi o suficiente para a pequena torcida alvinegra presente começar a pegar no pé de alguns jogadores. E o mais visado era Ricardo Bueno, que não parava de errar os lances. O técnico Dorival Júnior não pensou duas vezes e trocou o atacante por Neto Berola, aos 35. Mas o velocista entrou em campo mais preocupado em cavar faltas e pênaltis. E também não resolveu.

Só mesmo em um lance individual o Atlético poderia chegar ao empate. E foi o que ocorreu, aos 47min, na última jogada do primeiro tempo, um castigo para o América. Neto Berola passou a Patric, que invadiu a área, deu drible desconcertante em Otávio e, de perna esquerda, acertou o ângulo de Flávio. Um golaço: 1 a 1. Na comemoração, o lateral pisou na bola. Correu fazendo sinais para a torcida, como um desabafo. Na saída para o intervalo, ele não quis dar entrevista.

Virada

No segundo tempo, já sem o sol e com a sombra em campo, os times voltaram em busca da vitória. Ao contrário do primeiro tempo, o Atlético começou melhor, atacando mais, enquanto o América parecia que só sairia em boas condições. Com Neto Berola e Mancini mais bem posicionados, os contragolpes começaram a sair. Em um deles, Mancini surgiu na área, mas concluiu mal, de perna esquerda, desperdiçando ótima chance. Aos 10min, veio a virada alvinegra. E também saiu na chamada ‘bola parada’. Em cobrança de escanteio da direita, Berola, esperto, apenas escorou para as redes de Flávio: 2 a 1.

O América até tinha mais posse de bola, mas pecava pela falta de objetividade no ataque. O Galo continuava com a postura de apostar nos contragolpes e levou mais perigo para Flávio, primeiro com Renan Oliveira e depois com Neto Berola. Por merecimento, o Atlético ampliou a vantagem e praticamente definiu a vitória. Aos 24min, Serginho foi premiado com o gol em uma jogada que ele mesmo começou, ao recuperar a bola no meio-campo. Ele subiu à área e completou de cabeça cruzamento de Patric: 3 a 1.

Nos instantes finais o América foi para o desespero e, com isso, deixou mais campo para o Atlético chegar. E por muito pouco o time alvinegro não fez o quarto, o que o deixaria ainda mais próximo da classificação. Neto Berola fez boa jogada pela esquerda e cruzou rasteiro, mas Patric, com o gol aberto, não aproveitou. O técnico Mauro Fernandes fez de tudo para levar o Coelho à reação, só que as alterações feitas não surtiram efeito.

AMÉRICA 1 X 3 ATLÉTICO

América: Flávio; Sheslon (Nando), Gabriel, Otávio e Rodrigo; Dudu, Leandro Ferreira, Camilo (Davi Ceará) e Irênio (Euller); Luciano e Fábio Júnior
Técnico: Mauro Fernandes

Atlético: Renan Ribeiro; Patric, Réver, Leonardo Silva e Guilherme Santos; Serginho, Fillipe Soutto, Giovanni Augusto (Toró) e Renan Oliveira; Mancini (Daniel Carvalho) e Ricardo Bueno (Neto Berola)
Técnico: Dorival Júnior

Motivo: jogo de ida das semifinais do Mineiro
Estádio: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas
Data: domingo, 24 de abril
Gols: Gabriel, 22, e Patric, 47min do 1ºT; Neto Berola, 10, Serginho, 24min do 2ºT
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Carlos Berkembrock (SC) e Fabrício Vilarinho da Silva (GO)
Cartões amarelos: Guilherme Santos, Neto Berola, Toró, Renan Ribeiro, Leonardo Silva (ATL); Otávio, Dudu (AME)
Pagantes: 2.818
Renda: R$ 70.935

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